Universidades querem computadores e tirar exclusivo da inovação às empresas

O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) defende que o programa Escola Digital deve ser alargado ao ensino superior, em vez de ficar reservado aos alunos da escolaridade obrigatória, que vão receber centenas de milhares de computadores.
 

Esta é uma das alterações ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que vão ser sugeridas pelo organismo liderado por António Sousa Pereira, que é também reitor da Universidade do Porto, no âmbito da consulta pública ao documento que está prevista até 1 de março.

 
Em declarações ao Público, reproduzidas na edição desta segunda-feira, 22 de fevereiro, o líder do CRUP reclama que nas universidades portuguesas “também existem problemas tecnológicos” ao nível do parque tecnológico, assim como “dificuldades em chegar a alguns estudantes” por não terem computador ou ligação à internet.
 

Outra proposta que vai ser feita ao Ministério do Ensino Superior, liderado por Manuel Heitor, e ao coordenador do PRR, António Costa e Silva, é que estas instituições dedicadas ao ensino e à investigação não sejam “parentes pobres” e possam também liderar projetos de inovação, algo que está reservado às empresas na atual versão.O Governo decidiu lançar uma iniciativa denominada “PRR em debate”, que o primeiro-ministro irá assinalar com “um conjunto de vídeos de enquadramento geral” ao longo dos próximos dias. António Costa vai apresentar o plano aos parceiros sociais esta terça-feira, em reunião do Conselho Económico e Social, e o Executivo irá promover um conjunto de seminários de debate sobre este documento.

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